Dizem que toda viagem começa com um sonho… e a escolha da viagem surge quando lemos um livro, vemos uma foto ou qualquer outra maneira que nos desperta o desejo de viajar.
Li um artigo de J. Pinto Fernandes que diz o seguinte:
“Só tem uma coisa melhor que viajar: falar sobre a viagem.
O que nos impele a fazer isso?
A vaidade, por um lado.
Mas também tem a vontade de dividir a experiência, de mostrar aos outros o que a gente viu para que eles possam também sentir o que a gente sentiu.
Os gregos antigos conheceram a Ásia por meio de relatos públicos dos feitos de seus exércitos.
Além de saberem e se orgulharem de si mesmos, eles viam um mundo novo se descortinar.
Penso nisso ao olhar fotos .
Cada foto de família num cruzeiro, cada imagem de casal na Europa, cada um desses flagrantes traz consigo um livro de contos.
De como o viajante se deu bem aqui, se deu mal ali, foi feliz nesse lugar, foi infeliz naquele outro.
E de tudo isso se faz um caldo que vai para um álbum, mas extrapola aquele espaço.
O escritor George Santayana disse o seguinte num ensaio chamado Filosofia de Viagem:
“Às vezes nós precisamos escapar em direção à solidão, à falta de ambição,
dentro das férias morais de simplesmente correr riscos, de modo a afiar a vontade de viver,
de experimentar a dor, e de ser compelido a buscar desesperadamente um grande momento – não importa como”.
Esse Grande Momento não precisa ser a escalada do Everest, a travessia do Canal da Mancha, a caçada dos big five na África.
Pode ser qualquer coisa.
Desde que diferente – e longe daqui
E que renda uma foto e uma história“
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